Descobertos sete mil militares fantasmas nas FADM

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10 Maio, 2022

Bem-vindo a Voz de Cabo Delgado, espaço que tem para se informar melhor sobre a província de Cabo Delgado. Para esta terça-feira, 10 de Maio de 2022, temos os seguintes destaques:

◼️ Descobertos sete mil militares fantasmas nas FADM.

◼️ Procuradoria de Cabo Delgado remete ao tribunal processo de suposto informante terrorista.

◼️ Filipe Nyusi classifica terrorismo como grande obstáculo a ultrapassar.


Cerca de sete mil militares fantasmas foram descobertos recentemente nas fileiras das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, após a realização da prova de vida. Trata-se de um escândalo que envolve altos quadros das FADM que, nos próximos dias, terão de responder diante da Justiça Militar.

Segundo a Carta de Moçambique, os salários dos sete mil militares fantasmas eram canalizados para os altos quadros das FADM. As fontes asseguram que a prova de vida terá sido feita para verificar as razões por detrás do défice de efectivo, no momento de rendição das subunidades que se encontram no Teatro Operacional Norte.

“Carta” ainda não conseguiu apurar quanto terá saído dos cofres das FADM para pagar os sete mil militares fantasmas. No entanto, sabe-se que os Comandantes das Unidades em que foram detectados militares fantasmas terão de responder à Justiça Militar.

Devido a esta situação, o salário do mês de Abril acabou atrasando, causando pânico e revolta por parte dos militares.


A Procuradoria de Cabo Delgado acaba de remeter ao Tribunal o processo de N.B. Maita, um indivíduo acusado de ser um operativo de grupos terroristas que actuam na província.

Consta que Maita recolhia informação sobre a movimentação e capacidade operativa das Forças de Defesa e Segurança (FDS), no distrito de Macomia, uma das regiões que faz parte do Teatro Operacional Norte.

Segundo o porta-voz da Procuradoria em Cabo Delgado, ngelo Manuel Sueta, citado pelo Jornal Notícias, o indivíduo é acusado, entre outros crimes, de crime de espionagem, armas proibidas, aderência a organizações ou associações terroristas, puníveis com prisão de 16 a 20 anos de cadeia.

Segundo consta do resumo factual do caso, na posse daquele jornal, o cidadão em alusão saiu de Nacala-Porto, em Nampula, para Ilha Macaloe, em Mucujo, Macomia, em 2020, onde passou a dedicar-se à pesca para fornecer aos grupos terroristas, juntamente com sua esposa, de origem tanzaniana e dois homens, um queniano e congolês.


O Presidente Nyusi disse na semana passada que o terrorismo, as mudanças climáticas e a pandemia de Covid-19 são "desafios gigantescos" para o país, defendendo a conjugação de esforços para a superação destes obstáculos.

Filipe Nyusi, que intervinha na abertura do conselho coordenador do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, começou por apontar as "acções terroristas", assinalando que a actuação de grupos armados na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, provocou a morte de mais de 2 mil pessoas e levou à fuga de mais de 800 mil, além da destruição de infraestruturas sociais e económicas, privadas e públicas.

Porém, destacou que a acção conjunta das forças governamentais de Moçambique, Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) resultou na destruição de bases dos grupos armados e na recuperação de zonas antes ocupadas pelos terroristas.


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