Construtora da TotalEnergies regressa em Julho

A empresa italiana Saipem vai retomar a construção da fábrica de gás natural liquefeito do consórcio da multinacional francesa TotalEnergies em Julho, depois de o empreendimento ter sido suspenso em 2021, na sequência do dramático ataque de 24 de Março a vila de Palma, anunciou a construtora.
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2 Março, 2023
Nrv-norvia

A empresa italiana Saipem vai retomar a construção da fábrica de gás natural liquefeito do consórcio da multinacional francesa TotalEnergies em Julho, depois de o empreendimento ter sido suspenso em 2021, na sequência do dramático ataque de 24 de Março a vila de Palma, anunciou a construtora.

“Esperamos, gradualmente, recomeçar o projecto em Moçambique, de acordo com informações recebidas pelos nossos clientes”, afirmou o CEO da Saipem, Alessandro Puliti, durante uma acção de apresentação dos resultados de 2022 do grupo italiano.

Sobre a avaliação da situação dos direitos humanos encomendada pela TotalEnergies em Janeiro, Pulliti avançou, citado pela Reuters, que não tem acesso directo ao ponto de situação deste estudo.

No início do mês passado, a TotalEnergies mandatou o perito francês em assistência humanitária e direitos humanos Jean-Christophe Rufin para a realização de uma avaliação da situação humanitária na província de Cabo Delgado, antes da tomada de uma decisão sobre o seu projecto de LNG.

“Não temos um contacto directo com o relatório sobre direitos humanos, mas chegamos a acordo com a TotalEnergies para o reinício do projeto em Julho”, insistiu o CEO da Saipem. O entendimento é sinal de que a multinacional francesa está confiante na resolução de questões pendentes à volta do projecto, acrescentou Alessandro Pulliti.

“Anúncio de regresso”

A multinacional francesa já tinha adiantado que a decisão sobre a retomada do seu projecto em Cabo Delgado está dependente da conclusão da referida avaliação.

A TotalEnergies indicou ainda que não estabeleceu datas para o arranque do empreendimento. Mas o mediaFAX/SAVANA apurou, junto de uma fonte ligada à petrolífera francesa, que internamente reina um optimismo de um “anúncio de regresso” no segundo semestre deste ano. Apurámos igualmente que os sul- -africanos da empreiteira WBHO também foram contactados pela TotalEnergies para um novo contrato.

No entanto, a Reuters cita Lorette Philippot, um activista da organização não- governamental ambiental Friends of the Earth France a assinalar que não será possível resolver, em pouco tempo, questões ligadas às consequências negativas do projecto. “A situação no terreno é crítica: a indústria do gás está no centro do conflito brutal que criou um milhão de deslocaO projecto da Total será o primeiro de LNG em terra e o contrato com a Saipem está orçado em 3,72 biliões de dólares.


Artigo de mediaFAX/SAVANA

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