Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 01 de Junho de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Maleiane apela aos empresários de Cabo Delgado para aproveitarem exploração de gás

🔸 Coral Sul já pagou 34 milhões de dólares de receitas ao Estado

🔸 CIP denuncia prostituição e exploração sexual de mulheres deslocadas em Cabo Delgado

O primeiro-ministro, Adriano Maleiane, disse aos empresários de Cabo Delgado para tirarem o maior proveito possível da exploração dos recursos naturais, que a província possui.
O apelo foi lançado na cidade de Pemba, durante a abertura da primeira Cimeira Anual de Energia e Indústria de Cabo Delgado, que teve lugar esta terça-feira.

Na ocasião, Maleiane manifestou a vontade de ver os empresários da província fazerem negócios com as multinacionais que exploram os recursos naturais, especialmente no megaprojecto de gás natural na Bacia do Rovuma.
A Cimeira de Energia e Indústria de Cabo Delgado tem a duração de dois dias e foi organizada pela Associação de Conteúdo Local de Moçambique.

O objectivo do encontro é encontrar soluções para os empresários da província, que se sentem excluídos das oportunidades de negócios nos projectos de exploração de gás na Bacia do Rovuma e de outros recursos naturais, reporta o jornal O País.

Um número considerável de mulheres e raparigas, que abandonou as suas zonas de origem devido aos ataques de insurgentes na província de Cabo Delgado, está a recorrer à venda de sexo como forma de sobrevivência, denuncia o Centro de Integridade Pública.

Além disso, outras são aliciadas a manter relações sexuais em troca de alimentos e de outros meios de subsistência, um fenómeno que, apesar de denúncias da sociedade civil e de organizações internacionais, ainda persiste em vários centros de acomodação de deslocados.

A exclusão de deslocados ao acesso à assistência alimentar, as dificuldades de integração económica nas zonas de acolhimento, aliada à escassez de meios para satisfazer as suas necessidades mais básicas, empurra as mulheres deslocadas para usar o sexo como forma de sobrevivência, adianta a investigação do CIP.

O Coral Sul FLNG, liderado pela petrolífera italiana Eni, já contribuiu para os cofres do Estado moçambicano com 34 milhões de dólares em receitas, soube a “Carta” de fonte segura.

O consórcio, que extrai e liquefaz gás natural, através de uma plataforma flutuante ancorada na Área 4 da bacia do Rovuma, obteve essas receitas no período que vai desde Outubro de 2022 até Maio corrente.

Entretanto, a fonte da Carta sublinhou que a verba não será utilizada antes da aprovação do Fundo Soberano, cuja Lei continua longe de ser aprovada pela Assembleia da República.

O Fundo Soberano é uma entidade a ser dirigida pelo Banco de Moçambique, com o objectivo de gerir receitas de mega-projectos de gás natural.

A unidade flutuante de liquefação de gás natural, instalada no alto mar, no norte de Cabo Delgado, tem capacidade para produzir 3.37 milhões de toneladas por ano, usando os recursos provenientes do reservatório isolado Coral Sul.

Populares da aldeia Litamanda, posto administrativo de Chai, distrito de Macomia, que recentemente regressaram às suas casas, relatam fortes confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança e terroristas desde última sexta-feira, dia 26.

O facto está a criar medo e insegurança nas famílias que pretendem deslocar-se às suas machambas, refere a Carta de Moçambique.

Os confrontos registam-se numa altura em que a população de Litandacua e de Chai-sede, acolhida na vila de Macomia, se preparava para regressar às suas aldeias ainda esta semana.
 
Fontes disseram à "Carta" que um grupo de terroristas foi visto na última segunda-feira, a atravessar as aldeias de Litamanda e Miangalewa ao longo da estrada N380, no sentido Oeste-Este.

A "Carta" adianta que decorre uma operação para eliminar focos terroristas, ao longo das margens do rio Messalo, segundo uma fonte militar.

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