Ainda não há segurança em zonas libertadas em Cabo Delgado anota pesquisador

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26 Maio, 2022

Bem-vindo a Voz de Cabo Delgado, espaço que tem para se informar melhor sobre a província de Cabo Delgado. Para esta terça-feira, 26 de Maio de 2022, temos os seguintes destaques:

🔶 Ainda não há segurança em zonas libertadas em Cabo Delgado anota pesquisador.

🔶 Prevalecem abusos de militares contra civis em Pemba.

🔶 Inspectores da Polícia investigam acusações contra agentes da UIR em Macomia



Pesquisadores observam que o recente ataque à Macomia revela que zonas libertadas ainda não são seguras para o regresso da população e, além de erros na identificação de terroristas, para os pesquisadores, o Governo apresenta cenário optimista dirigido ao exterior.

O pesquisador do Observatório do Meio Rural, João Feijó, alerta ser urgente travar o regresso dos deslocados, atendendo que, apesar do cerco pelas forças militares, o grupo continua a fragmentar-se e a fazer digressões externas, pelo que nenhuma zona libertada oferece segurança.

Feijó disse que os terroristas dividiram-se em pequenos números, uma parte é dos que foram raptados ou viram hipótese de ganhar dinheiro, os de baixa patente, estes querem render-se. Mas os que lá ficaram são estes que fazem os ataques mais violentos, são os radicais que cortam cabeças. O objectivo é provocar consternação e pânico social, afirmou.

Em Macomia, a PRM confirmou a morte de 5 pessoas em resultado dos ataques, mas outras fontes sugerem 6, segundo o Mediafax, e 10 para a Voz da América.


Prevalecem os abusos protagonizados por militares contra civis que passam na zona do quartel marinho das FADM, na cidade de Pemba, face à indiferença das autoridades locais sobre as denúncias, algumas feitas pela Ordem dos Advogados de Moçambique.

De acordo com a Carta de Moçambique, um dos casos mais recentes ocorreu na última sexta-feira, quando o cidadão de nome B. Aiuba, deslocado de Quissanga, foi agredido por quatro militares, por volta das 19h, alegadamente por passar numa zona proibida.

No Posto Policial mais próximo, a vítima apenas foi dado guia para ir ao centro de saúde, sendo que os oficiais em serviço disseram que não podiam intervir, alegadamente porque há várias queixas de maus tratos contra os militares e nada acontece.


Uma equipa de inspectores da polícia está a investigar acusações contra agentes da Unidade de Intervenção Rápida por alegada tortura contra civis em Macomia, reporta a Lusa.
Fontes da PRM, citadas esta quarta-feira pelo Jornal Notícias, avançam que a investigação foi ordenada pelo comandante-geral da corporação, Bernardino Rafael.
Rafael ordenou as averiguações, após receber queixas de populares em Macomia sobre torturas e extorsões alegadamente infligidas a civis por agentes da UIR que combatem os terroristas.


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